Que futuro para a União Europeia ? Esta questão será discutida não só no Luxemburgo, mas também nos outros Estados-Membros nos próximos meses. E os cidadãos merecem mais do que nunca, nestes tempos turbulentos, respostas claras e visões realistas.
De forma geral, as opiniões sobre o futuro da UE podem ser divididas em três modelos.
Os federalistas, que não hesitam em mencionar os Estados Unidos da América como exemplo, estão empenhados na promoção dos Estados Unidos da Europa. A longo prazo, os países cederiam a sua soberania a um governo central. Isto implicaria uma Constituição comum, um governo comum, um regime fiscal comum, um exército comum, etc. No Luxemburgo, o ADR é o único partido a opor-se veementemente a este modelo, já que os Estados-Membros seriam obrigados a renunciar a sua liberdade e independência. Os federalistas parecem ter esquecido que, ao contrário dos Estados Unidos da América, há dentro da UE uma diversidade cultural, e nomeadamente linguística, que nunca seria tida en conta num estado central. Não há povos europeus, mas sim muitos países europeus. Como é que um país é suposto preservar a sua identidade, se ele perder a sua soberania para se tornar simplesmente uma província?
É evidente que a UE, na sua forma actual, está constantemente a dar passos na direcção errada. Mas também há no Luxemburgo consenso sobre a necessidade de uma Europa pacífica com um grande mercado interno. Em outros países isso não é necessariamente o caso. Alguns partidos políticos estão a tentar aproveitar as críticas (muitas vezes justificadas) à União Europeia para contribuir ao seu colapso. Embora a saída da UE possa ser uma solução para alguns Estados-Membros, o Luxemburgo não pode de maneira alguma seguir esse caminho .
A Aliança Europeia dos Conservadores e Reformistas ( AECR), da qual o ADR é membro, está convencido de que há uma solução a meio caminho entre a Europa federal e um colapso da União Europeia: a Europa das Nações. O modelo que se propõe aqui é o de Estados soberanos que trabalham em conjunto em prol de mais liberdade e mais crescimento económico.
Precisamos de uma União Europeia em que os países têm mais poder de decisão; uma UE em que os interesses nacionais são realmente defendidos; uma UE que está à escuta dos Estados-Membros e os seus cidadãos – e não uma União Europeia cada vez mais sedenta de poder!